Mais de um milhão de indivíduos receberam permissão para entrar nos Estados Unidos por meio dos programas da administração Biden, utilizando a política de autorização temporária de imigração, conhecida como Parole. Essa prática está atualmente em discussão no Congresso, impulsionada por pedidos de legisladores republicanos. Os dados, vindos do governo, foram divulgados pela CBS News.
Desde que o presidente Joe Biden assumiu o cargo em 2021, sua administração tem aplicado a autorização temporária de imigração em uma escala histórica, acolhendo centenas de milhares de estrangeiros que fogem de conflitos armados em locais como Afeganistão e Ucrânia, ou de crises políticas e econômicas em países como Haiti e Venezuela.
A autorização temporária, uma política que existe desde 1952, permite que autoridades federais admitam imigrantes que não possuam os vistos normalmente exigidos para entrar nos EUA, desde que hajam necessidades urgentes humanitárias ou cuja presença no país trará benefícios públicos. A concessão, no entanto, não confere status legal permanente; os beneficiários podem apenas viver e trabalhar nos EUA por um período geralmente de um ou dois anos.
A administração Biden justificou o uso da autorização temporária como resposta a emergências, como a reconquista do Afeganistão pelo Taleban, a invasão russa da Ucrânia e reduzir as travessias ilegais na fronteira sul. No entanto, críticos, principalmente legisladores republicanos, acusaram a administração de abusar dessa autoridade, defendendo restrições significativas.
Em negociações recentes no Congresso, líderes republicanos exigiram limites numéricos para concessões de autorização temporária e a proibição do asilo para imigrantes sob essa condição, visando garantir que deixem os EUA ao expirar o período de autorização temporárial.
O Departamento de Segurança Interna afirmou que o uso da política faz parte de uma “abordagem equilibrada” para lidar com a imigração, destacando penalidades para travessias ilegais e regulamentações sobre asilo. Mudanças na lei podem afetar fundamentalmente a estratégia de imigração da administração Biden, que, embora seja uma prática utilizada por governos anteriores, atingiu níveis sem precedentes sob a atual gestão.
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