A administração Biden anunciou nesta segunda-feira (30), que tornará as restrições de asilo na fronteira sul ainda mais rigorosas, buscando demonstrar aos eleitores sua posição em relação à segurança nas fronteiras.
As novas regras, que endurecem as restrições anunciadas em junho, impedem que sejam concedidos asilo quando as autoridades dos EUA considerarem que a fronteira sul está sobrecarregada.
De acordo com as regras anteriores, os EUA podiam restringir o acesso à fronteira quando o número de pessoas tentando entrar no país pelos postos oficiais atingisse 2.500 por 7 dias. Ela poderia ser reaberta quando esse número caísse para menos de 1.500 no mesmo intervalo.
A nova versão, que entra em vigor nesta terça-feira, estipula que os números diários precisam ficar abaixo de 1.500 por quase um mês para que as restrições possam ser suspensas. Além disso, agora todas as crianças são contabilizadas nesse total, ao contrário da contagem anterior, que incluía apenas crianças vindas do México.
As restrições também não se aplicam a menores desacompanhados, vítimas de formas graves de tráfico de pessoas, imigrantes com visto, e àqueles que chegarem a um porto de entrada por meios legais, como o aplicativo CBP One.
As medidas implementadas em junho nunca foram suspensas, pois os números de encontros na fronteira nunca caíram o suficiente por tempo suficiente. O Departamento de Segurança Interna (DHS) informou que a média semanal ficou em cerca de 1.800 encontros com imigrantes por dia.
A administração Biden tem defendido as restrições, afirmando que elas resultaram em quedas significativas no número de pessoas que chegam à fronteira sul. O DHS informou que, desde o anúncio das mudanças em junho, o número diário de encontros com a patrulha de fronteira caiu mais de 50%.
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